terça-feira, 31 de março de 2009

Inglaterra pode pedir ajuda ao FMI


As contas do governo britânico estão saindo do controle de Gordon Brown. No mês passado seu rival político David Cameron lançava uma campanha em que assinalava que cada criança da Grã Bretanha nascia devendo ao Estado 17.000 libras, agora a Oficina Nacional de Estatística britânica adverte que a nacionalização do RBS e Lloyds Bank disparará a dívida pública em mais de 1,5 trilhões de libras, alcançando quase 100% do PIB britânico. O déficit público foi multiplicado por três em questão de meses e o déficit em conta corrente foi multiplicado por sete durante o último ano.

O Tesouro não tem conseguido colocar sua última emissão de bônus entre os investidores, o que levou George Soros advertir que isto é um sinal importante sobre a limitada capacidade do Estado em endividar-se e que não descarta a possibilidade do Executivo Britânico tenha de pedir ajuda para o Fundo Monetário Internacional (FMI), quer dizer pedir créditos para fazer frente a seus compromissos financeiros como, por exemplo, o pagamento da dívida.

Do paraíso ao inferno fiscal

A existência dos paraísos fiscais chegou ao fim. Os pequenos países que até agora serviam como refúgio para investidores e empresas ocultar seus ganhos e reservas da fiscalização do fisco estão cedendo, um a um, à pressão internacional dos grandes estados. E sem paraísos tributários, o que restará ? O inferno fiscal ou, com sorte o purgatório.

Surpreende a facilidade com que a atual crise econômica ameaça a tirar do mapa os pequenos bunkers em que os poupadores, investidores e companhias de todo tipo e condição podiam evadir legalmente impostos e taxas. Os piores augúrios se confirmam. A pressão internacional aplicada pelas principais economias do planeta, englobadas no chamado G-20, parece que ganhou a guerra.

Depois de algumas ameaças sérias, Suíça, Áustria, Andorra, Liechtenstein e Luxemburgo caíram. Sem nenhuma contestação, se renderam ao fisco das grandes potências e estão sujeitas à norma de transparência fiscal imposta pela OCDE. Adeus ao sigilo bancário. Depois da cúpula de 2 de abril, tais paraísos serão declarados oficialmente mortos. Mônaco, Singapura e Hong Kong caminham para o mesmo destino, abrir suas contas bancárias, até agora opacas e confidenciais para os fiscais da fazenda se estes assim quiserem.

Isto não atenta contra a legítima soberania de um Estado ? Obedecer à ordem ou submeter-se às conseqüências do isolamento e à sanção internacional ? Por acaso isto não seria uma ameaça ? É mais do que isto. De fato, trata-se de uma evidente declaração de guerra em termos tributários. Algo realmente grande se tivermos em conta que o Estado, interventor público por excelência, se nutre dos impostos recolhidos dos cidadãos e empresas.

A evasão fiscal será, sem dúvida, muito mais árdua e difícil a partir de agora. Mais ainda, depois da eliminação, na prática do sigilo bancário não estranharia que se inicie a obrigar estes países a armonizar sua vantajosa pressão tributária com o fim de reduzir e até eliminar a diferença de impostos existentes com os das grandes potências. Luxemburgo, um lugarzinho no centro da Europa se converteu em um dos países mais ricos do mundo graças, precisamente a tais divergências competitivas entre os Estados. Não é por acaso que ostenta o recorde de maior relação de multinacionais e empresas por habitante.

As grandes potências alegam que estes países servem na realidade como lavadores de dinheiro procedente de atividades ilícitas. Mas o que entendemos por atividades ilícitas ? Aquilo que o Estado decrete como ilegal, como por exemplo o jogo, a prostituição, o tráfico de drogas, a venda de armas, a evasão e fraude fiscal, a ocultação de contas paralelas ou criação de sociedades... Caímos então no campo da ética já que os governos têm praticamente pleno poder para decidir o que é ou não ilegal.

Resulta evidente que a procedência e o destino do dinheiro que os grupos terroristas usam ou que serve para financiar atividades criminosas, no sentido mais puro do termo, sempre pode e deve ser matéria de investigação judicial, embargo e confisco, em qualquer país, se assim entender um juiz, segundo o direito internacional vigente. De todos modos, além das razões últimas e verdadeiras que estão originando este movimento por parte do G-20, é muito triste ver que muitos cidadãos aplaudem o fim dos paraísos fiscais. É uma pena que se condene a possibilidade de negociar as pesadas cargas tributárias que são suportadas por cidadãos e empresas, de forma lícita e legal até agora, sob tais pretextos. O liberalismo acaba de perder mais uma batalha. Meus pêsames.

O número quarenta


Ali-Babá e os quarenta ladrões. A pedra de 40 quilates

Chamava-se Mohildin Ihaia Banabixacar, geômetra e astrônomo, e uma das figuras mais extraordinárias do Islã, o sétimo e último sábio que devia argüir Beremiz. Tinha o nome escrito em cinco mesquitas e os seus livros eram lidos até pelos rumis (cristãos). Seria impossível encontrar-se sob o céu do Islã inteligência mais possante e cultura mais sólida e vasta.

O erudito Banabixacar, na sua linguagem clara e impecável, assim falou:

- Entre as lendas mais famosas citam os narradores a admirável história intitulada "Ali-Babá e os Quarenta Ladrões". Esse número "quarenta” teria sido indicado ao acaso ou foi escolhido em virtude de princípio ou lei puramente matemática? Que relação poderá existir entre o número 40 e os "ladrões"?

A questão proposta era dificílima e delicada. Não se fez esperar, porém, a resposta de Beremiz. O calculista persa formulou-a nos seguintes termos:

- Os ladrões que figuram nas aventuras do lenhador Ali-Babá são em número de 40. Do ponto de vista matemático apresenta esse número uma interpretação muito curiosa, que justifica plenamente a preferência a ele dada pelos narradores antigos. Quarenta! Que faziam os ladrões para juntar riquezas e com elas encher a caverna? Roubavam, isto é, subtraíam Cada roubo correspondia a uma subtração. Uma vez praticado o saque, os ladrões da quadrilha juntavam os objetos roubados; tal operação equivale a uma soma, isto é, a uma adição. Que faziam, pois, os ladrões da lenda? Somavam e subtraíam!

Pois bem, o número 40 é o maior número que, decomposto em quatro partes desiguais, permite com essas partes formar, por meio de somas e subtrações, todos os números inteiros desde 1 até 40. Essas relações mostram que todos os números, desde 1 até 40, podem ser formados unicamente com os quatro elementos 1, 3, 9 e 27 em que foi decomposto o número 40.

(Omitimos aqui a extensa relação que demonstra o enunciado).

Nas quarenta relações que mencionadas podemos observar as seguintes particularidades:

I) A primeira começa por 1, as três seguintes por 3, as nove seguintes por 9 e as vinte e sete últimas por 27;

II) Cada um dos quatro elementos (1, 3, 9 e 27) figura em 27 das quarenta relações distintas.

Existe outro problema, já estudado pelos matemáticos do tempo de Al Karismi, e cuja solução se baseia nessa mesma propriedade do número 40.

Esse problema é o seguinte:

Um mercador tinha uma pedra que pesava 40 artales. Certa vez essa pedra caiu e partiu-se em quatro pedaços. Contrariou-se com isso o mercador. Um calculista que se achava presente sopesou os quatro fragmentos e disse ao mercador: - "Eis uma divisão feliz! Com esses quatro pedaços poderás fazer qualquer pesagem desde 1 até 40".

Pergunta-se: Quanto pesavam os quatro fragmentos da pedra?

A solução é dada precisamente pelos números 1, 3, 9 e 27.

Com esses quatro pedaços podemos obter qualquer pesagem (em unidades inteiras) desde 1 até 40.

O peso de 14 artales, por exemplo, seria obtido colocando-se o peso 27 num dos pratos da balança e os três outros fragmentos menores no outro prato. A diferença de peso é de 14 artales.

Todas as quatro parcelas em que foi decomposto o número 40 são, como já disse, potências de 3. Esse número aparece (e a circunstância é digna de nota) em quase todos os episódios da lenda de Ali-Babá.

Quando o pobre lenhador descobriu a gruta dos ladrões, conduzia três burrinhos carregados de lenha; com auxilio desses três burrinhos trouxe para casa um tesouro precioso. Ainda mais: três ladrões da quadrilha foram mortos pelo chefe por terem sido iludidos pela astúcia de Luz Noturna, que era a escrava predileta e dedicada de Ali-Babá!

O invejoso Cassim, irmão de Ali-Babá, surpreendido no interior da gruta, foi morto pelos ladrões e o seu corpo dividido em 6 pedaços. O número 6 é o dobro de 3, cujas quatro primeiras potências dão a soma 40.

Há, ainda, em relação à frase mágica "Abre-te, sésamo", que desvendava a gruta encantada, relações numéricas dignas de observação.

- Eis outro problema famoso no qual aparece o número 40:

"O historiador Josefo, governador da Galiléia, que resistiu heroicamente ao ataque das legiões de Vespasiano, sendo afinal vencido, refugiou-se numa caverna, com 40 judeus patriotas. Sitiados pelos romanos, preferiram matar-se a se entregarem aos inimigos. Formaram em roda, e contavam 1, 2 e 3, e todo aquele em que caía o número 3 era morto.

Em que lugar devia estar Josefo para escapar a esta horrenda matança?"

A solução deste problema pode ser obtida facilmente com auxílio de um dispositivo prático: basta escrever em roda os 40 números e começando pelo primeiro cancelar com um traço cada número de 3 em 3.

Depois de passar todo o quadro, continuar do mesmo modo a contar, não tomando mais em consideração os números cancelados, porque estes passam a representar os soldados mortos. Findo o trabalho, vê-se que só dois judeus escaparam àquele morticínio: foram os que se achavam nos lugares 16 e 31. Um desses lugares privilegiados escolheu para si o governador Josefo, o qual, em vez de matar o companheiro e depois suicidar-se, resolveu entregar-se com todas as garantias a Vespasiano.

Creio, porém, ter explicado, suficientemente, a significação simbólica do número quarenta numa das lendas mais famosas de nosso imenso tesouro literário.

(“O Homem Que Calculava”)


segunda-feira, 30 de março de 2009

Watchmen

Em um filme com este título, recentemente estreado, the Watchmen, uma coleção de super heróis sem super poderes, em uma versão alternativa dos anos oitenta em que Nixon ainda é presidente e a URSS e EEUU estão a cinco minutos do holocausto nuclear, volta a estabelecer contato uns com os outros após anos de retiro, devido a morte de um deles. O filme coloca as pseudo-reflexões mais ou menos pretensiosas sobre o sentido da violência, a acumulação de poder em sociedades livres, as guerras no mundo, e incompreensão para com o outro. Neste momento um super herói que apregoa a condição de ser o homem mais inteligente do planeta inventa uma super arma para matar alguns milhões aqui e ali para unir as duas grandes potências e forçar a harmonia universal frente a um inimigo comum.

O filme não toma partido filosófico ou moral, porém, de fato, parece avaliar a tese de que liquidar vários milhões de pessoas em Nova York e Moscou é um preço razoável para se conseguir a harmonia universal. De fato é a mesma filosofia moral que preenche as fantasias de nossas elites iletradas, ignorantes, fanáticas apregoadoras do aquecimento global e que apregoam a manifestação fascistóide mais chula e terminal da história do autoritarismo. É fazer um mundo mais habitável através do brilhante expediente de ninguém habitá-lo, ou seja, uma “moratória” na reprodução dos ocidentais. Não se explica porém, nossos anjos da morte como na ausência da geração seguinte, a atual poderia repovoar o mundo aos 80 anos. O seja, nossos watchmen acabariam com a raça humana, sub-espécie ocidental por preferência, para que a raça humana possa sobreviver. Reconheceram ? Seria como Barack Obama que vai sair da crise provocada pelo crescimento da dívida sob a administração anterior criando uma dívida pública de 10 trilhões em oito anos, ou seja, mais do que a dívida acumulada desde George Washington até George Bush e os 41 presidentes entre eles. A graça de tudo isto é que além de podermos procriar com 80 anos de idade, também teremos de voltar ao trabalho para pagar a dívida pública desta geração, cujos filhos e netos não vão existir (a mudança climática por favor) para fazê-lo.
Onde estávamos ? Ah, no aquecimento global. A forma favorita de sacrifício humano à deusa Geo é a obrigação da se impor medidas “meio ambientais” aos automóveis em detrimento da segurança de seus ocupantes. Os carros agora não podem produzir carbono, têm de ser feitos com uma latinha qualquer para que gastem menos combustíveis, contaminem menos e matem mais. Ah, e as vacas que se preparem, porque as flatulências que contribuem para o aquecimento global não serão permitidas. Ao matador.
Cate Blanchett, a atriz quer que reciclemos nossa urina, e o que vai pelo vaso sanitário, volte a sair, talvez com um pouco de cloro, pela torneira. Sherryl Crow, a cantora, quer eliminar os papéis hgiênicos suaves, porque não são reciclados. Drew Barrymore, também atriz, vai além e quer acabar com o uso de papel para a limpeza.
No final, aparecem estudos que afirmam que é melhor andar para que não se use o automóvel e outros que usar o automóvel é melhor porque o exercício faz com que os humanos exalem mais dióxido de carbono na atmosfera. Estamos muito próximos da época em que algum governo ou tribunal determinará com que ritmo deveremos respirar.
Já estou farto destes deficientes mentais. A verdade é que o stalinismo cultural é pior que o stalinismo político, porque conduz sempre para aquele e que além disto não existe marcha ré. A sociedade ocidental substituiu a religião tradicional por outra na qual o “planeta” é a divindade e Al Gore é o Papa. Como una seita fanática, o culto do aquecimento global lavou o cérebro de uma sociedade inerme ante sua própria falta de substância. Antes que termine, nossos Watchmen terão liquidado milhões de pessoas e reduzido à idade da pedra os demais, que gravarão em cuneiforme nas paredes das cavernas as cenas de adoração que se seguirão à chegada aos céus dos netos de Al Gore em suas nave espaciais, antigamente conhecidas como jatinhos particulares.

domingo, 29 de março de 2009

Cuba: A revolução imaginária

Um regime que gira em torno da doença de um homem cuja permanência no poder cumpre meio século. Uma classe dirigente que não consegue virar a página para um ancião decrépito que a fez padecer o mais espantoso ridículo durante a última década. Uma Ilha com dezenas de milhares de pessoas atiradas à rua, para receber e escutar um patético golpista discursar baboseiras com um papagaio no ombro. Uma sociedade em que não se pode ser senão De entes coletivos, impessoais. Um país onde não se pode ser em escala individual, um cidadão. Uma revolução imaginária.

Algo assim só pode sobreviver institucionalmente apoiando-se em um nacionalismo complacente mais concentrado na exaltação de sua mitologia do que em localizar a raiz de suas dificuldades e deficiências. Em suma, o que é o regime de Castro como idéia, já se sabe que de concreto – senão uma tentativa de glorificação do nacionalismo que se serve, estruturalmente de totalitarismo?

Uma tentativa de glorificação da nação e de uma tentativa de vulgarização da diferença. Porque a "revolução cubana" também tem sido, em uma dimensão sociológica, a rebelião do escatológico contra o diverso, a minuciosa e festiva avacalhação da ordem e medida. Em 1959 a revolução da imundice varreu de uma só vez, como a peste, as instituições, as estruturas e usos da agenda republicana. Em 1968 a revolução já tinha mudado seu caminho, rumando à institucionalização de um totalitarismo radicalmente escatológico. E, no final de 2006 metaforicamente retornou às suas origens, com seu máximo condutor sofrendo da mesma doença, o cerco da sujeira, que se mudou para a sociedade cubana.

Desta forma, o ciclo vicioso que inaugurou o castrismo se fecha sobre o seu ponto de partida, desmistificando-se o abrigo Adidas do Comandante-em-Chefe. Fidel Castro morre, caindo em seus próprios detritos. No entanto, parece improvável que, após o desaparecimento do "líder máximo" seus sucessores consigam desinfetar o sistema, como na lenda de Hércules, o esterco dos estábulos castristas.

Uma refundação cubana só será possível pressupondo um nacionalismo crítico formalmente estruturado. Um nacionalismo que deverá começar com a redefinição do próprio conceito de nacionalismo, desafio que a maioria dos formadores de opinião não quiseram, ou não puderam, enfrentar durante os últimos cinqüenta anos. Não mais bater no peito, nem patrióticas concentrações, nem especulações sobre a suposta grandeza do país e sua gente. A refundação só será possível desde que exista um nacionalismo que assuma não só as virtudes da sociedade cubana, já suficientemente abalada, mas também as carências de uma cultura política assentada no superlativo, no imaginário.

Não é a vida que segue igual em Cuba, mas sim a morte. A lenta morte da nação nas mãos da oligarquia que usurpa o poder faz meio século, empenhada em redecorar a perpetuidade de um nacionalismo parasitário cuja principal refutação segue sendo o banho de realidade que diariamente se vê obrigada a tomar a população cubana. É a morte o que segue igual, ou esta forma de morrer socialmente, civilmente, que a Human Right Watch descreve como a falta de “direitos fundamentais de liberdade de expressão, associação, reunião, privacidade, movimento e ao devido processo legal”.

O outro é a revolução imaginária.

Capitalismo ou mercantilismo

Diante da crise mundial, muitos estão falando que o Capitalismo morreu. Este é um erro reconhecido até pelos governos que nacionalizaram parcial ou totalmente os bancos que fracassaram dentro do sistema mercantilista que prevalece no mundo, alegando que eles serão vendidos (privatizados) quando arrumarem suas finanças.


Capitalismo é diferente de Mercantilismo. No Mercantilismo o Governo manipula o preço do crédito (taxa de juros) e com seu monopólio controla a oferta de dinheiro. Como se fosse pouco, com extensas regulamentações vigia as operações financeiras, não tanto para protegerem direitos, senão para protegerem interesses. Em tal sistema, os empresários perdem comedimento, pois sabem que serão salvos pelo Governo no caso de cometerem erros.

Ante a confusão que existe sobre Capitalismo, é melhor aclararmos os termos. Uma definição de “capitalista” é uma pessoa que possui capital. Outra definição de “capitalista” é aquele que está a favor do sistema econômico chamado Capitalismo. Muitos “capitalistas” não são “capitalistas” porque no estão a favor do sistema “Capitalista”. Outros são “capitalistas” ainda que não “capitalistas”, porque estão a favor do Capitalismo mesmo que não tenham capital.

É comum acreditar que uma pessoa que tem capital necessariamente esteja a favor do “capitalista”. Porem muitos “capitalistas” que fizeram fortuna dirigindo empresas planificadas desconfiam do Mercado porque o consideram uma desordem, pois, por definição, um Mercado não é uma organização planificada como um negócio, ou um exército, ou uma igreja, e não tem objetivos definidos. É o resultado espontâneo da ação humana, porem não do desenho humano. Cada participante tem seus próprios planos.

O Mercado ocorre espontaneamente quando se respeitam os direitos individuais, o exercício que se chama liberdade. Estes direitos são principalmente o direito à vida e integridade da pessoa, de escolher ocupação, religião, local da moradia, de dispor com exclusividade do legitimamente adquirido; de exigir o cumprimento de contratos livremente pactuados, e tudo isto dentro dos limites que impõem o respeito aos direitos das demais pessoas. Este é o limite da liberdade individual. Por conveniência própria, todos devem respeitar o direito dos outros de fazer as coisas de acordo com o próprio gosto, de forma diferente e inclusive competir com as mesmas atividades. Isto não é necessariamente a vontade de alguns “capitalistas”, pois consideram tal comportamento uma ameaça a sua segurança econômica e por alguns “capitalistas” que com freqüência buscam algum privilégio, que recebendo uma vantagem, desestimulem os outros a competir com ele. Isto não é nem Mercado nem “Capitalismo”: seu nome correto é Mercantilismo, sistema combatido por Adam Smith desde o século XVIII.

Se você acha estranho que possa ser regulamentado um sistema que não é planificado como o Mercado, pense na mais urgente necessidade que temos diariamente: obter alimentos. Porém ninguém se preocupa com o fato de encontrar comida perto de sua casa ao preço que possa pagar. Quem determinou o local para semear as cenouras, quanto será necessário de carne ou batatas para prover o Mercado para que não falte ou sobre alimento e além do mais, com que preços devem ser negociados ? Quando Lenin, na Rússia, tratou de organizá-lo coercitivamente, houve a fome. Os “capitalistas” lhe mandaram comida e ele abandonou a idéia de organizá-lo coercitivamente.

sábado, 28 de março de 2009

Emprego e inflação

Nos últimos meses, com o aprofundamento da crise econômica, estão aparecendo opiniões que estavam enterradas há várias décadas. Não é difícil atualmente encontrar jornalistas e políticos pedindo que os bancos centrais relaxem seu rigor monetário para assim elevar o consumo, aumentando a inflação, o que resultaria em uma diminuição do desemprego. Dito de outra maneira, se estaria tentando resgatar a idéia subjacente da chamada curva de Philips.

Durante muitos anos acreditou-se que a abundância de dinheiro estimulava o consumo dos cidadãos, o que por sua vez aumentava tanto as necessidades de investimentos como a de trabalho do país, para que fosse possível responder ao aumento da demanda. Quer dizer, que existia uma relação inversa entre taxa de desemprego e inflação.

Se tudo fosse tão simples e a solução para o desemprego tão fácil, seria estranho que os governos não tenham resolvido elevar em muito a quantidade de dinheiro em circulação, eliminando assim tragédia do desemprego. A razão pela qual não fizeram é que nos anos 70 foi possível comprovar que esta relação não era certa, com o surgimento de um fenômeno que segundo a curva de Philips era impensável: a estagflação. Nesses anos, a inflação foi elevada sem que a taxa de desemprego abaixasse. Hoje em dia, esta situação é especialmente dramática em Zimbábue, com uma taxa de inflação estimada em 165.000% e uma taxa de desemprego de 94%, sendo a mais evidente constatação que a relação descrita pela curva pode não estar certa.

Para entender a relação entre emprego e inflação temos que, em primeiro lugar, compreender o funcionamento de uma empresa, Esta proporciona aos consumidores os bens que demandam ao preço que exigem. Para o consumidor é indiferente os custos de uma empresa para que obtenha um produto, já que tem uma idéia de qual é o valor máximo que tem este bem, sem que em tal cálculo entre o balanço e contas de perdas e ganhos da empresa. É portanto, o produtor que deve ajustar seus custos ao preço máximo que o consumidor está disposto a pagar, ou ao contrário quebrará. O preço máximo que se poderá pagar ao trabalhador será o importe cobrado pela produção menos o resto de custos em que incorra a empresa. Para aumentar a retribuição seria necessário que a produção aumentasse, o que é possível mediante a realização de novos investimentos em equipamentos, tecnologia, etc.
Se fosse aumentada a quantidade de dinheiro em circulação ao redor de tal empresa, no princípio ela receberia um maior número de pedidos, ao ter ocorrido um aumento da renda de seus potenciais compradores, e a um maior preço. Isto poderia levar ela a precisar de um maior número de trabalhadores. A priori pareceria que tudo seria vantajoso para a empresa e os trabalhadores. Porém, ao aumentar o dinheiro em circulação avilta-se a moeda, os trabalhadores da empresa estariam ficando mais pobres de duas formas. De um lado, o salário que recebem, ainda que nominalmente seja o mesmo, só servirá para comprar menos bens, com a depreciação da moeda. Por outro lado, as poupanças dos trabalhadores perderão valor por padecerem do mesmo processo de aviltamento e depreciação.

Esta situação de empobrecimento por parte dos trabalhadores os levaria a solicitar aumentos de salário que anulassem os efeitos prejudiciais da inflação. Se forem atendidos, posto que seu salário não poderá ser maior do que a produtividade marginal, o anterior aumento da força de trabalho não poderá se produzir, pelo que em um segundo momento baixaria o número de trabalhadores contratados pela empresa. Notem ainda que mesmo que os trabalhadores tiverem se recuperado do aviltamento salarial, o mesmo não acontecerá com suas poupanças, que haviam se depreciado e o aumento inicial do emprego teria desaparecido.

Outro efeito prejudicial desta política de abundância de dinheiro barato é a dificuldade existente para avaliar a rentabilidade dos projetos de investimento. Assim, uma empresa animada pelo aumento da demanda inicial, que é produzida pela abundância de dinheiro barato, poderia avaliar a rentabilidade de um projeto de investimento e realizá-lo. Porém, passada a euforia inicial, esta demanda adicional desaparece assim que os consumidores se adaptem ao cenário inflacionário, e a empresa ficará com o custo de tal investimento sem que tenha uma demanda para seu respaldo, Por tanto, tais custos adicionais reduzem a quantidade máxima que uma empresa pode pagar a seus trabalhadores sem ir à falência.

Assim, o aumento de inflação poderá trazer consigo apenas um aumento inicial de emprego, empobrecendo salários e poupanças. Com o avanço de tempo, o mau investimento que foi provocado pela abundância de dinheiro barato e a conseqüente inflação, trarão um cenário de quebras e crises que provocarão o efeito contrário, ou seja, o aumento do desemprego.
A melhor proteção que os trabalhadores podem ter é a confiança no valor da moeda, algo que não pode ser produzido se houver inflação e ela perder o valor. A segurança servirá de base para a poupança, que por sua vez incrementará a produtividade e os futuros salários dos trabalhadores, como também do emprego.

Manobra em El Salvador

Da mesma forma que fez Fidel Castro antes de assumir o poder assegurando aos quatro ventos que não era comunista, do mesmo modo que Hugo Chávez garantiu na televisão em rede nacional, antes de assumir, agora a maior parte do plano da Frente Farabundo Marti para a Liberação Nacional composta por ex terroristas, insistem que não são marxistas e que se comportarão bem, para acalmar as águas e enganar os incautos. Em todos os casos contaram com o beneplácito do Departamento de Estado dos Estados Unidos e por grande parte dos meios de comunicação. Devemos lembrar o caso de Herbert L. Mathews do New York Times, que fez de Fidel Castro um herói e disse que era o futuro Washington da América Latina.

Porem, qualquer observador atento aos sucessos em El Salvador está plenamente convencido da radicalizaçãop da FMLN e da história de seus dirigentes. No melhor dos casos, Mauricio Funes é um marionete das esquerdas mais extremas. O vice presidente, Salvador Sánchez Cerán, e o intelectual chefe do partido, José Luis Merino, são claros em suas reiteradas manifestações quando atacam frontalmente a propriedade privada. Inclusive o deputado do partido, Salvador Arias, destacou a necessidade de um referendo para modificar as estruturas “neoliberais” e implantar uma “democracia participativa” como a de Chávez.

Não se trata de evitar a crítica aos governos anteriores, apesar de alguns esforços meritórios de certas privatizações (algumas tímidas e outras mal feitas), a dolarização para evitar os desajustes da manipulação monetária local, as reformas nos sistemas de pensões (que não contemplaram que cada um disponha do fruto de seu trabalho como se prega) e outras medidas para melhorar a situação, ainda que resta muito a ser feito e o conturbado grupo de empresários que obtem favores do aparato estatal continue vigente. Mesmo assim, a porcentagem de salvadorenhos abaixo da linha da pobreza se reduziu à metade durante os últimos quinze anos.

É certo que a crise mundial reduziu as remessas de salvadorenhos nos Estados Unidos a seus familiares em El Salvador e o preço do café caiu significativamente, porem isto não justifica a adoção de medidas estatizantes que resultaram em pobreza em todos os países que as adotaram.

As maiorias estão fazendo estragos e fazem tábua rasa com os limites ao poder, convertendo a democracia em um roleta russa de consequências imprevisíveis. A justiça e o direito das pessoas não pode submeter-se aos espelhismos da aritmética.

quinta-feira, 26 de março de 2009

O BRASIL EM PERIGO

O BRASIL EM PERIGO

O Brasil encontra-se em perigo e poderá tomar três direções graves: perda de parte de seu território; partir para uma ditadura de esquerda disfarçada de democracia ou marchar para uma revolução social.

O GRUPO GUARARAPES vai apontar fatos que levam a afirmação acima.

1. Solução dada pelo STF ao caso da Raposa Terra do Sol. O brasileiro para entrar nestas terras demarcadas necessitará de passaporte?

2. O STF considera furto de pequeno valor não CRIME. Pode-se entrar num supermercado e roubar feijão ou arroz? E se for uma bicicleta? Com esta decisão o pequeno pode roubar. O STF apenas igualou com os grandes ladrões da coisa pública, que estão soltos e até defendidos por autoridades. FOLHA SP 21-3 09

3. Pelas notícias dos jornais e o que vai se sabendo o SENADO DA REPÚBLICA apodreceu. Ficou sem moral. Lá tudo pode acontecer da noite para o dia.

4. Brasileiros são condenados a prisão perpétua nos EUA por crime de seqüestro e no Ceará um seqüestrador é solto pela justiça, pois o STF disse que ninguém pode ficar preso antes do processo passar em julgado. Todos os criminosos soltos.

5. Jornais publicam declaração do Presidente da Republica de que não cumprirá a ordem de deportação do criminoso caso seja esta a decisão do Supremo. O GRUPO GUARARAPES nem pode imaginar uma coisa desta.

6. O Ministro da Defesa, do alto de suas tamancas, ataca e procura humilhar general que vai para a reserva. A honra do militar foi ferida e o militar não aceita coisa deste tipo, particularmente de quem não tem moral para tal, pois é criminoso confesso de ter falsificado a Constituição Federal Brasileira.

7. Existe uma guerra no Rio e em São Paulo. Bandidos procuram criar áreas livres para prática do crime.

8. Livro de geografia apresenta erros grosseiros no Mapa da América do Sul. Milhões de reais jogados fora e ninguém responsabilizado.

9. O senhor Delúbio, o grande envolvido no escândalo do mensalão, no seu legítimo direito, procura voltar ao seu Partido. Vai voltar e será eleito deputado federal pelo seu Estado.

Finalmente, estamos assistindo a campanha para as eleições de 2010 na rua. Vão gastar o último tostão do País para eleger o candidato do governo e a compra de vota vai ser pratica pela liberação das verbas parlamentares. Já foi assim na eleição passada. Tudo legal e o PAÍS chegando a ter uma dívida interna próximo 2 trilhões de reais.

RESPONDAM SE: O BRASIL NÃO SE ENCONTRA EM PERIGO?

QUEM VAI SEGURAR A BOIADA? AS FORÇAS ARMADAS DIRIGIDAS PELO ATUAL MINISTRO?

SOLUÇÃO: BRASILEIROS DE PÉ PARA DEFENDER A PÁTRIA?

ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES!

25 DE MARÇO DE 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

LIBERTAS QUAE SERA TAMEN

Ao mesmo tempo em que o governo investe 12,34 bilhões de reais na formação de indolentes, reduz em 30% o numero de jovens para o serviço militar.

Um em cada quatro brasileiros recebe o bolsa família sem obrigação de apresentar contrapartida e as que existem, o governo não fiscaliza, investindo no ócio e na indolência, quebrando o moral, o amor próprio e o orgulho de uma gigantesca população. Estes, jamais servirão para defender a pátria em caso de necessidade, corrompidos que foram pelo suborno eleitoreiro e o péssimo vicio da inatividade.

Por outro lado, muitos jovens que poderiam aprender sobre organização, hierarquia e disciplina entre outras coisas e, com isso poder vislumbrar uma profissão e um futuro melhor, afastando-se do sedutor atalho do crime, também não serão preparados para a defesa da pátria e, sem perspectivas de emprego, ficaram à mercê das drogas e do crime organizado.

Até aí, não é de estranhar, pois cumpre à risca o programa da esquerda no poder, mas, acontecer isto com a participação dos comandantes militares, sob alegação de crise financeira global, é no mínimo ridículo e temerário.

Quem são esses comandantes que não se comportam como militares?

Enviado por
FENIX

domingo, 8 de março de 2009

A internet é livre e tenho o direito de livre expressão


Todos os comentários que posto nos blogs e que não são liberados a partir de agora serão publicados aqui.

Da mesma forma que os blogueiros podem escrever o que bem entenderem eu tenho o direito de comentar sobre o que eles escreveram.

Este espaço está aberto para todos que tiveram comentários negados. Participe você também da operação machete.

domingo, 1 de março de 2009