domingo, 5 de abril de 2009

A destruição da Venezuela

Nenhum governo anterior se dedicou tanto em acabar com a infra-estrutura e com o aparato produtivo. Antes de Chávez a Venezuela já teve presos políticos, perseguidos e exilados, até assassinados e torturados, porem o país continuava funcionando. Ditadores e presidentes favoreciam seus amigos e acólitos, porem estimulavam o emprego, os investimentos estrangeiros, a produção agropecuária, a indústria e o comércio.

Hugo Chávez, pelo contrário, instaurou um tipo de governo totalmente diferente: a “ditadura democrática”, onde todos os poderes e instituições públicas são submissos ao seu poder. Aproveitando todo este poder, não só viola abertamente a Constituição, mas também o faz com a aprovação e o beneplácito de instituições que deveriam controlá-lo. Já não existem pontos de referência e o país não pode mais ser reconhecido. A nenhum mandatário havia ocorrido mudar o nome da nação, trocar a moeda, inverter o brasão de armas, mudar a bandeira e até mesmo mudar a hora. Só falta mudar o hino nacional e o idioma, ainda que parece estar no caminho deste último com seu vocabulário e expressões vulgares.

Seu aliado já não é os Estados Unidos, mas sim Cuba, Irã e Sudão. As escolas públicas e privadas doutrinam as novas gerações com essa nova ideologia, tipo de refrão tropical de marxismo, castrismo e caudilhismo. Ser “branco” é agora um estigma e motivo de descriminação social e governamental na Venezuela.

Chávez acabou com o setor agropecuário. Ninguém mais investe no campo, apenas o Estado. Acabaram-se os investimentos estrangeiros, a menos que provenham da China, Irã, Cuba ou Bolívia. Acabou com a indústria privada e os empresários que podem, operam com permissão e supervisão estatal ou estão esperando alguma intervenção ou expropriação. A grande maioria do empresariado não chavista agora se dedica ao comércio, importando bens que podem vender rapidamente, em um mercado controlado pelo Estado, e com divisas que o mesmo governo outorga, ou ao contrário se dedicam a conseguir contratos com seus amigos chavistas.

A nação que conhecemos como Venezuela desaparece. Chávez segue a mesma política que Fidel Castro aplicou a partir de 1960. Vemos o êxodo de profissionais e de quem aspira um futuro melhor para seus filhos. Outros se resignam em abaixar a cabeça, esperando que alguma insurreição militar os libertem.

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