sábado, 18 de abril de 2009

Distribuindo a pobreza

O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e não do Estado. Porém, lamentavelmente, fomos obrigados a acreditar que a ação do indivíduo pode ser superada através do Estado, o qual não é mais do que outra forma de paganismo ou idolatria que cada dia nos custa mais caro. A responsabilidade pessoal que temos não é plenamente delegável ao Estado. Existem coisas que o Estado pode fazer e outra que não pode, como repartir riqueza, ao ponto tal que quando tenta fazê-lo acaba distribuindo pobreza.

O povo temia tanto o rei que os Estados Unidos foram povoados por homens que fugiram da perseguição estatal. Será que perdemos esse medo ? Por acaso os mesmos mecanismos que conduziram ao excesso de poder e ao abuso da autoridade do rei deixaram de existir ? Não estamos vendo com sistemática regularidade os excessos que cometem nossos desgovernos ?

Já faz bastante tempo que o homem sabe que quando se dá poder excessivos aos politiqueiros, surgem os demagogos. Os governos devem ser vigiados, pela mesma razão que devemos vigiar o poder que está contido em uma usina nuclear, pois quando a radiação do poder excessivo do governo escapa da contenção, esta radiação se torna mortal.

A liberdade é uma qualidade do indivíduo e não do coletivo, pois se uma pessoa não é livre muito menos pode ser a somatória de todas as pessoas. No passado ocorreu que muitos escravos perdiam o desejo de serem livres, alegando preferir sua submissa situação, porém hoje, sem ter a consciência disto, continuamos escravizados; escravizados por um ordenamento de leis e instituições cuja finalidade não está orientada à criação de homens livres e produtivos, mas sim para a criação de massas servis viciadas ao pão e ao circo.

O grave problema desta realidade é que o dia do acerto de contas está chegando e se continuarmos pelo mesmo caminho, os custos que pagaremos para viver continuarão subindo até se tornarem insuportaveis.

Existem mecanismos para a redução de custos cada vez maiores. Não é um problema economicamente insolúvel mas sim politicamente insuperáveis, já que os politiqueiros não parecem dispostos a ceder em suas sórdidas manobra, nem a comunidade quer soltas as tetas do clientelismo, que é a única forma de governo que aceitam. Diante de tudo isto, as saídas que ocorrem e que são oferecidas pelos governantes são coisas como aumento dos salários, postos de trabalho nos governos, bolsas de todos os tipos e para todos fins, sistemas de cotas para esconder as deficiências na distribuição da pobreza. Porém tudo isto equivale a receitar muito açúcar a um diabético.

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