quarta-feira, 8 de abril de 2009

A solidariedade automática de Chávez

Chávez e sua camarilha se caracterizam por mostrar uma solidariedade automática com aqueles que estão na mesma linha de interesse políticos. Não importa o quanto sejam nojentos ou delinqüentes, nem quantas vidas tenham custado suas façanhas.
Um exemplo desta solidariedade automática e perniciosa do bolivariano é a carta que enviou em 1999 ao terrorista Carlos Ílich Ramírez Sánchez, mais conhecido como el Chacal, na qual tratou de reivindicá-lo como valente revolucionário. Este terrorista cumpre em uma prisão da França duas penas de detenção perpétua: uma por assassinato em Paris durante o ano de 1875, de dois policiais e a outra por homicídio triplo. El Chacal tem em aberto cinco investigações em andamento, por distintos atentados, que deixaram um saldo de 80 vítimas.

Chávez nem sequer disfarça quando mostra seu respaldo às Forças Armadas de Colômbia (FARC) e ao Exército de Libertação (ELN), grupos que foram catalogados como “verdadeiras forças insurgentes que têm um projeto político e bolivariano". É triste recordar sua petição, durante o ano passado, para que a comunidade internacional tirasse ambos os grupos das listas de organizações terroristas.

Um de seus amigos íntimos foi o ex-ditador do Iraque Sadam Husein, executado por crimes de lesa humanidade e com quem, faz vários anos, passeava orgulhoso em Bagdá.

Outros protegidos por Chávez são os chamados Pistoleros de Puente Llaguno. Apesar de seus atos, como verdadeiramente bárbaros, terem ficado gravados para a posteridade, os pistoleiros andam em liberdade, alguns inclusive foram eleitos para cargos públicos com o apoio do partido do Governo, o PSUV e até afirmando que fariam tudo novamente.

Porém tais feitos estão ficando pequenos frente ao apoio internacional que Hugo Chávez está dando ao presidente do Sudão, Omar al Bashir, logo após que a Corte Penal Internacional (CPI) emitiu uma ordem de prisão imediata contra ele, o que vincula os países comprometidos com a referida instituição e sendo a Venezuela um deles, é realmente inconcebível o comportamento de Chávez durante Doha e durante a Cúpula da Liga Árabe e dos países da América do Sul, defendendo Al Bashir.

Sobre Al Bashir pesam sete acusações: cinco por crimes de guerra, dentre os quais extermínio, tortura e violação e dois de lesa humanidade: ataques diretos e intencionais contra a população civil e pilhagem na região de Darfur. Resta lembrar que o sudanês é o primeiro presidente em exercício a ser acusado pela CPI.

Chávez deve colocar as barbas de molho, se a CPI se acostumar a acusar presidentes em exercício, ele pode ser o próximo

Um comentário:

Jacqueline disse...

Interessante o assunto.